Siléncio do Nadal
Universo calado
1
Escuitar teu siléncio,
doce son inaudível,
é música celestial
ondas de amor pola pel.
2
Uns susurros na mente,
calor do Lar nos braços,
uma alma aperta-me
no Universo calado.
3
Sinto-te no meu ventre,
como as minhas entranhas,
e tremem os meus beiços
co teu coraçom puro.
4
Coa alegria ao sentir-te,
pechando-se meus olhos,
flutuo no ar, da tua man,
com familiar carícia.
5
Com memória de aromas
e suspiros eternos,
com divinas sensacions,
da humanidade a infáncia.
6
O principio dos tempos,
os recordos do néctar,
peito da Nai do Mundo,
arrepiado coraçom.
7
Formigas no pescozo,
calambreira no sexo,
é o climax do Mundo,
é um parto natural.
8
Um estoupo do tempo,
a mesma tosse de Deus,
o amor duma Deusa,
um éxtase que é mortal.
9
Os teus braços me matam,
devora-me o siléncio
e vou morrendo de amor
eterno, dentro de ti.
10
É obrigado cumplir,
hei fazer peniténcia,
muito tempo sem ouvir,
pois tua verba siléncia.
11
Nom poder mirar pra ti,
nim sequer nos meus sonhos,
nom seria siléncio,
senom a morte em vida.
12
Seria escuridade,
insofrível castigo,
um tormento e tortura,
toleria, amargura.
13
Esta vida perdoo,
por uma aperta eterna.
Vida que foi caminho
para estar a tua beira.
14
E nascem dous meninhos
em duas puntas do Mundo.
Renasce a humanidade,
amence um Novo Mundo.
🌟
Moradelha editora
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