Mundo em garda
(agardando)
Eu nom me ponho em garda contra o Mundo,
que se ponha o Mundo em garda contra mim.
Ja traguei i enviei tudo o veleno,
que me botou, quando perdido me vim.
Quando cuspirei pola minha língua
ou pola minha pluma, todo esse fel ?.
O Mundo quedará sem sua armadura,
em garda contra mim, nom há valer-lhe.
Por qué é tam desafiante o Mundo ?
e a quem lhe tem medo todo o mundo ?
Tempo há que meu próprio Mundo tenho
i é duma cor branca, de neve pura.
É uma gram folerpa que vai flutuando
ingraveda, seus cristais cheios cores,
coma um arco da velha presentando-se,
a luz do vento solar, reflejando.
O meu Mundo que fai-se-me doce,
coa tua preséncia, na minha vida.
Adoro alí, onde nasce uma estrela,
entro ceo e o mar, marelo amencer.
Onde atoparei a eterna morada,
onde por sempre hei de habitar com Ela,
coa nossa divinidade céltica,
nossa Deusa do amor e da poesia.
***
Moradelha editora
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