02/03/20

Pregom 17 : Rosquinhas de amor

Rosquinhas de amor

Vou fazer rosquinhas
coas minhas penas.
Vou-lhe botar açúcar
às minhas bágoas.

Vou banhar-me espido
no remanso do rio,
cantando umha alegre cançom,
namentres estou flutuando.

Cos olhos erguidos ò ceo
até que chegue o solpor e
me amostre o seu sanguento
feixe de cores vermelhas,

até que ja nom sinta dor algumha,
até que tudo seja repouso
doce, sereno e prácido,
em tanto nom chega o luar.

E entom hei de sentir-me
apertado polo universo infinito,
magnetizado e renovado
pola catarse duma nova vida.

Sairei da auga coma um home novo,
vendo um novo horizonte,
cheio de saúde e forteza,
batizado pola auga milagreira.

Ja nom saberei que som as penas,
so sentirei doçura nos beiços,
rosquinhas e melindres 
nos meus pensamentos.



Moradelha editora






Ningún comentario:

Publicar un comentario